segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O Nascimento Estrelar

      Como vimos em um poster anterior, estrelas nascem em regiões do espaço em que há grande comcentração de gás e poeira. Inicialmente, todo esse material, composto, principalmente, de moléculas de hidrogênio, está  muito disperso. Com o tempo, a atração gravitacional e a pressão da radiação de estrelas já formadas vai gradualmente juntando essas partículas de poeira e gás. Formam-se grandes aglomerados, ou "glóbulos", individuais que se separam uns dos outros. Esses glóbulos, aos poucos, vão colapsando em regiões cada vez menores. Usualmente, ao mesmo tempo em que vai se compactando, o glóbulo adquire um movimento rotacional e tende a se achatar. Forma-se uma gigantesca "pizza" de poeira e gases girando no espaço, enquanto se contrai. No centro dessa "pizza" cósmica o material vai ficando cada vez mais denso: forma-se uma proto-estrela, isto é, uma estrela em gestação. Com a compressão, a temperatura da proto-estrela vai aumentando e, quando chega a uns 1500 ou 2000 graus ela fica visível, embora quase toda sua radiação seja infravermelha. Esse estágio da vida de uma estrela - sua infância, digamos - dura um milhão de anos, mais ou menos.


     Com a atração gravitacional comprimindo, cada vez mais, a proto-estrela, a temperatura na região central alcança cerca de 8 milhões de graus. Tamanha temperatura quebra os átomos do gás, separando os núcleos dos elétrons. Nesse ponto, começam as reações nucleares no centro da estrela. São reações de "fusão", do mesmo tipo das que acontecem nas bombas de hidrogênio. Os prótons dos átomos de hidrogênio, separados de seus elétrons e sob a ação da enorme pressão no centro da estrela, se juntam (ou "se fundem"), formando núcleos de hélio.


     A massa do produto da fusão (hélio 4) é um pouquinho menor que a soma das massas dos núcleos que se fundiram. A diferença de massa é liberada na forma de energia, conforme a famosa equação de Einstein, E = mc2. Como a velocidade da luz (c) é muito grande, pequenas quantidades de massa se transformam em grandes quantidades de energia. Uma gigantesca quantidade de energia é liberada por essas reações nucleares no centro da estrela e ela atinge sua luminosidade normal, ou seja, nasce uma estrela.

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